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MP recorre de absolvição de policiais envolvidos em ‘fim de semana sangrento’ em Manaus

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MP recorre de absolvição de policiais envolvidos em 'fim de semana sangrento' em Manaus

O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) recorreu da decisão da Justiça, que absolveu quatro policiais militares acusados de tentativa de homicídio e constituição de milícia privada entre 17 e 19 de julho de 2015, em Manaus.

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As acusações contra os PMs Dorval Junio Carneiro de Matos, Bruno Cezanne Pereira, Germano da Luz Júnior e Janilson Monteiro da Frota envolviam duas tentativas de homicídio.

Os crimes foram praticados contra Washington Campos de Sena e Tiago Campos de Sena, em 19 de julho de 2015, alvejados por disparos de arma de fogo na calçada de sua residência; e contra Michael da Rocha Rodgers, alvejado em sua casa, em 10 de outubro de 2015.

Os quatro foram presos durante a Operação Alcateia que buscava desmantelar um grupo de extermínio formado por policiais militares, apontado como responsável por uma série de assassinatos que vitimaram mais de 30 pessoas em Manaus, durante um final de semana de 2015, que ficou conhecido como “Fim de Semana Sangrento”. Na época, ao todo, 12 PMs foram capturados.

Segundo as investigações, os crimes teriam sido cometidos em retaliação à morte do sargento da Polícia Militar Afonso Camacho Dias, assassinado na tarde de 17 de julho de 2015, no bairro Educandos.

Julgamento

Segundo o promotor Marcos Túlio Pereira Correia Júnior, o MP não concordou com o posicionamento dos jurados em absorver os policiais.

“Ao final do julgamento, os jurados entenderam por absolver os acusados das tentativas de homicídio e de constituição de milícia. O Ministério Público, porém, embasado nas provas que apresentou — não apenas na denúncia, mas durante toda a instrução processual — não concordou com o posicionamento dos jurados e já interpôs recurso para ver essa sentença modificada. Reforçamos que não se trata de uma acusação sem embasamento, mas sim formada por todo um conjunto probatório. Agora, vamos esperar os próximos julgamentos e júris referentes a essa operação”.

 

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