Miguel dos Santos Gonçalves, de 24 anos, que se entregou à polícia após assassinar Gerlande Silva de Sena, de 43 anos, seu colega de trabalho, há quase um ano, esperou a vítima dormir para disparar o tiro e os golpes de machado. A informação foi repassada pelo delegado Ricardo Cunha, titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).
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“É um caso que evidencia um comportamento extremamente frio e calculista por parte do autor, que esperou pacientemente para atacar no momento de maior vulnerabilidade da vítima”, afirmou o delegado. Segundo ele, os dois eram caseiros de um sítio na comunidade do ramal do Pau Rosa, no quilômetro 21 da rodovia BR-174, e o crime ocorreu em 17 de dezembro de 2023 após ambos consumirem muitas bebidas alcoólicas e brigarem.
De acordo com o delegado, Gerlande supostamente atirou na direção de Miguel, que correu e se escondeu na mata. Em vez de chamar a polícia, ele resolveu se vingar e esperou a vítima cair no sono para colocar o plano em prática. Logo depois, oculta o cadáver.
O crime não foi descoberto por ninguém porque o homem disse que a vítima tinha arrumado outro emprego, mas em Presidente Figueiredo. A família do caseiro também não estranhou e nem chegou a registrar o desaparecimento dele, já que era comum a vítima trabalhar em sítios longes e em áreas de difícil acesso.
No entanto, com o passar dos meses, Miguel começou a sentir peso na consciência e resolveu ir até a polícia contar o ocorrido. Ele entregou a arma, uma espingarda, que será submetida à perícia, assim como o machado.
O corpo foi encontrado e encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), onde posteriormente será liberado para a família realizar o sepultamento.
Miguel está à disposição da Justiça e responderá pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver.