Osmar Pinheiro e Crispiane Correia, pais de Leticia Correia de Queiroz de 6 anos, não tiveram a notícia do encontro da filha que está desaparecida desde ontem, após o deslizamento em Manacapuru. Muito abalados, os dois comentaram a tragédia nesta terça-feira (8).
Os dois outros filhos conseguiram se salvar, mas Letícia desapareceu entre escombros e a água. “Todo ano a terra trincava, mas nunca tinha acontecido isso não”, disse o pai, que mora ali há 28 anos. A mãe, também muitro abalada disse que salvar dois filhos foi “por um milagre”.
FORÇA
A força-tarefa montada pelo Governo do Amazonas seguiu nesta terça-feira (08/10), com o trabalho de assistência às vítimas e buscas por duas pessoas, que desapareceram no deslizamento de terra no Porto de Manacapuru (a 68 quilômetros de Manaus).
O acidente ocorreu na tarde da segunda-feira (07/10), e imediatamente foram iniciados os trabalhos de análise da estrutura colapsada, além das buscas de mergulho e superfície. Além dos dois desaparecidos, dez pessoas tiveram ferimentos leves, oito receberam alta e duas seguem internadas no Hospital Regional Lázaro Reis, de Manacapuru.
A ação conjunta está acontecendo com atuação direta de servidores do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil do Amazonas, Secretaria de Estado de Saúde (SES), Secretaria de Assistência Social (Seas), Secretaria de Segurança Pública (SSP) e das Polícias Civil e Militar.
O comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Alexandre Freitas, pontuou. “Nós tivemos no dia de ontem (07/10), com equipes da capital e do município de Manacapuru, atuando com as buscas de superfície e também atuando com mergulhadores. De forma que hoje (08/10), continuamos esse trabalho e continuaremos até encontrarmos as pessoas que estão desaparecidas”, enfatizou coronel Alexandre Freitas.
Ainda sobre os desaparecidos, o delegado titular da Delegacia de Manacapuru, Mauro Soares, destacou os registros feitos na unidade policial e investigações do caso.
“Até o momento a gente recebeu duas notificações de desaparecimento de uma pessoa do sexo masculino de aproximadamente 36 anos, e uma menor do sexo feminino de 6 anos de idade”, disse o delegado.
O secretário adjunto de Defesa Civil, coronel Clóvis, destacou o trabalho de monitoramento realizado pela secretaria durante o período de estiagem.
“Estamos nesse monitoramento não somente aqui em Manacapuru, mas em todo o estado. Já enviamos vários ofícios e recomendações para que atentem e coloquem em execução seus planos de contingência com relação a esse fenômeno de terra caída, que em decorrência das condições climáticas”, concluiu coronel Clóvis.