Cleusimar Cardoso, mãe da ex-sinhazinha do Garantido, Djidja Cardoso, que morreu pelo abuso do anestésico Cetamina, tinha conversas e áudios com Verônica Seixas onde mostra a empolgação em abrir uma clínica veterinária para conseguir facilitar a compra da droga. A gerente do salão de beleza da família dizia que estava estudando como abrir o estabelecimento que também serviria para atendimento ao público externo como o médium Chico Xavier fazia.
“Eu também quero comprar a minha Cetamina, quero comprar Nay (Potenay), quero poder comprar maconha, entendeu? E pra isso a gente precisa de verba. Eu dedico minha vida mais do que nunca agora ao Belle Femme”, diz a funcionária dedicada, que ressalta que muitos não entendem os planos deles e que por isso até o relacionamento dela acabou.
Cleusimar diz que queria “expandir os negócios” e ficou feliz ao saber do empenho da gerente. “Verônica, eu fico feliz que você tenha entendido tudo. Bota o povo para trabalhar e vamos comprar nossas cetaminas. Bora expandir os negócios. Agora ninguém engana mais a gente”, afirma ela, empolgada, pedindo para Verônica “colocar o povo pra trabalhar”.
Verônica diz que todo o seu trabalho no salão está voltado a conseguir cada vez mais dinheiro para conseguir colocar em prática os planos da seita “Pai, Mãe, Vida”. Ela também mostra que pesquisou na internet como é para abrir uma clínica veterinária e os serviços.
Conforme a Polícia Civil, as duas tinham “pleno conhecimento dos atos praticados”. “Todos os integrantes do grupo criminoso tinham conhecimento e planejavam as estratégias de gestão criminosa, afastando a eventual alegação de que eram inimputáveis”, diz trecho do inquérito da polícia.
Nesta quarta-feira (4), 10 pessoas presas pelo tráfico de drogas da Cetamina e outros crimes que contribuíram para a morte da ex-sinhazinha participarão de uma audiência virtual. Além de Cleusimar, o filho Ademar Cardoso e também Verônica serão ouvidos.
A audiência de instrução de julgamento será realizada por videoconferência, por decisão do juiz Celso Souza de Paula, da 3ª Vara de Delitos de Tráfico de Drogas da Comarca de Manaus.