Em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (10), o delegado Cícero Túlio, responsável pelas investigações da seita “Pai, Mãe, Vida”, deu detalhes das prisões realizadas na última sexta-feira (7), durante a segunda fase da operação Mandrágora. Ao total, 10 pessoas se encontram presas por traficar e incentivar o uso de Cetamina, anestésico veterinário altamente viciante.
Segundo o delegado, houve inconsistências nos depoimentos do ex-namorado de Djidja Cardoso, Bruno Roberto, e do ex-coach da família, Hatus Silveira, com as conversas que foram encontradas nos telefones deles. Eles mantinham um grupo onde falavam sobre a Cetamina.
Bruno teria entrado em contato com Hatus para conseguir a droga após eles passarem a sentir dificuldade para comprar de forma fácil e sem controle. É que o profissional, que não tem formação em educação física, tinha contatos com clínicas veterinárias por comprar e receitar Potenay, medicamente de uso bovino que dá força.
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Para a família, ele receitou protocolos que consistiam em suplementação alimentar junto com a prescrição de Cetamina e Potenay. Tanto Hatus quanto Bruno teriam entrado para a seita dessa forma. O ex-namorado da ex-sinhazinha chegou a tatuar a frase “Pai, Mãe, Vida”, assim como os outros integrantes do grupo.
Além deles, a polícia prendeu José Máximo Silva de Oliveira, de 45 anos, proprietário da MaxVet, clínica veterinária que vendia a droga para a seita. Segundo o delegado, em um curto espaço de tempo José comprou cerca de 11 mil frascos de um outro medicamento específico, entre outros de uso restrito.
Além dele, dois funcionários, identificados como Emicley e Sávio foram presos por tentar se livrar de provas e tentar atrapalhar as investigações da polícia.
Bruno e Hatus já se encontram no sistema presidiário e os outros presos devem passar por audiência de custódia.