A delegada Juliana Tuma, titular da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca) informou que o pai da adolescente de 12 anos agredida pela madrasta, em Manaus, era omisso e sabia da situação. Ele e a mulher resolveram se entregar na noite desta quinta-feira (6) na sede da especializada.
Segundo a delegada, a princípio a polícia acreditou que o genitor não sabia das agressões, mas ambos ficaram foragidos desde que a mulher passou a ser procurada. Ele afirmou, ainda, que não sabia como as imagens tinham sido feitas e tentou pedir para a filha não denunciar. “Houve uma certa dificuldade para localizar a adolescente uma vez que ela estava com a mãe depois descobrimos que o pai estava tentando persuadir a mãe para não levar a vítima até a delegacia. A polícia localizou e conduziu a adolescente até a delegacia onde foi pedido uma medida protetiva e foram tomadas todas as medidas cabíveis. Ele foi omisso”, disse a delegada.
A adolescente contou que constantemente levava as “ripadas”, o que configura tortura. Outras duas crianças, filhas dela, contaram que também recebem castigos físicos, mas não como a adolescente, que afirmou que tinha medo de contar o que ocorria porque era ameaçada.
Em depoimento, a agressora contou que não batia muito. A vítima está com uma queimadura que está sendo investigado a autoria. Ela está sob os cuidados da mãe.
O caso só foi descoberto porque uma tia materna instalou as câmeras na casa e as imagens foram divulgadas, fazendo a polícia iniciar as investigações.