O deputado Fausto Júnior ficou sem respostas na CPI da Covid durante seu depoimento nesta terça-feira em Brasília. Diante do senador Omar Aziz, foi questionado sobre como conseguiu mudar o padrão social rapidamente, nem como sua mãe, a conselheira do TCE Yara Lins conseguiu investir em construção e reforma de imóveis em condomínio de luxo em Manaus. Omar Aziz disse que vai encaminhar denúncia à Procuradoria Geral da República.
Fausto entrou na CPI achando que falaria apenas sobre o relátório que fez sobre a CPI da Saúde no Amazonas, mas acabou caindo em uma sabatina complicada. Omar afirma que ele e sua mãe são suspeitos de terem enriquecido ilicitamente. “Você pode me acusar do que quiser, mas me responde as perguntas. Eu não estou lhe acusando, estou perguntando. Você conhece Tereza Raquel Rodriguel Baima Rebelo? Pode me acusar do que quiser.”, disse Omar.
Visivelmente nervoso, Fausto disse que não ia comentar “questões pessoais.” Omar lembrou que Fausto estava sob juramento e que poderia ser preso. Omar disse também que vai pedir a quebra de sigilo bancário da conselheira Yara Lins, citou o nome de várias empresas e perguntou a Fausto Júnior se ele conhecia uma série de nomes lidos durante os questionamentos.
Ao fim do depoimento Fausto foi questionado porque não incluiu o nome do governador Wilson Lima na lista de indiciados da CPI, mas ele respondeu apenas que a decisão não foi somente dele.
Em diversos momentos, o presidente da CPI da Pandemia e o depoente se exaltaram. Omar Aziz acusou Fausto Junior de cometer “perjúrio” e negar-se a prestar informações que, segundo ele, explicariam a relutância em indiciar Wilson Lima. “O que nós vimos aqui foi uma série de mentiras. Eu vou mostrar à população do Amazonas por que V.Exa. não indiciou o governador. Se V.Exa. não quiser responder, vai ser investigado pela CPI.’, anunciou Aziz.